Em nosso cotidiano, não é incomum nos depararmos com duelos verbais, mesmo que simplórios, onde vários sujeitos discutem seus pontos de vista.
As pessoas aparentam ser tão subjetivas em suas condutas e fazem disso uma verdadeira meta curricular. Vivem tentando demonstrar aos demais, durante a sua existência, os seus aspectos diferenciais. Como um desafio pleonástico, em tentar diuturnamente provar o óbvio, assoberbando-se assim em meio à tantas redundâncias.
Pois bem, vislumbrarei, porém, o enfoque oposto, o aspecto objetivo de suas condutas, a praxe metafísica humana. Por acreditar, deste modo, que fatalmente, e enquanto humanos, certas posturas nos são inerentes, principalmente no tocante à nossa essência social.
Saliento pois, para o viés da amizade, onde nós, na posição de interlocutores, agimos com total eloquência ao defendermos o que nos convêm em momento, e, por vezes, com total intolerância, quando nos é chegada a hora de ouvir.
Talvez, resida ai a diferença, entre a mera convivência e a amizade. O diálogo, a reciprocidade a atenção, atitudes simples e tão superestimadas, mas que nos escapam às mãos diariamente, e sem darmos por percebido.
Resguardar os amigos, talvez seja uma tarefa ainda mais árdua do que encontrá-los, mas, como o salário que é justo à um trabalhador, o sorriso franco de um amigo me aparenta ser a maior recompensa existente e concebível. Porquanto, a vida, esta é demasiada curta pra ser desperdiçada com eternas investidas fugazes, parecendo-me mais sensato valorizar o que já nos preenche em concretude.
Posto que o mundo, cada dia mais se mostra calejado, e que novas caras já não me são tão atraentes.
Philipe.'.
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