A insânia e os Grimm

Eis que a música cessa...
Pobre flautista de Hamelin
Parou defronte a loucura
Que anunciava seu triste fim

Pobre flautista de Hamelin
Implantando nos parvos o medo
Mas diante daquele sorriso dentado
Permaneceu estático, imóvel, quedo

Pobre flautista de Hamelin
Com seus trejeitos, olhares e ornatos
Agora com os joelhos trepidando
Fora devorado por seus próprios ratos

Pobre flautista de Hamelin
Sua música chegou ao final
Foi quando entregou-se a altivez
E aí se desfez, escárnio do carnaval...



Le' Ferdinand

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